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A pornografia na era da internet apresenta diferenças significativas em relação às antigas revistas pornográficas, que muitas vezes perdiam rapidamente o interesse do público. A principal distinção reside na capacidade da pornografia online de oferecer uma infinidade de novidades de forma rápida e contínua, tornando-a muito mais estimulante do que simples fotos estáticas. Com a internet, os consumidores podem clicar de imagem em imagem, aumentando sua necessidade por conteúdo cada vez mais perverso e chocante.

Um aspecto notável é que não é necessário ter uma personalidade propensa a vícios para se tornar dependente da pornografia online. Muitas pessoas viciadas relatam que começaram a assistir por mera curiosidade e, em seguida, encontraram-se incapazes de parar. Portanto, é essencial compreender como a pornografia pesada na internet afeta o cérebro e como se libertar desse vício.

O tipo de pornografia disponível online atualmente estimula excessivamente o cérebro, levando-o a se adaptar, como acontece com todos os vícios. Essas mudanças cerebrais intensificam o desejo de consumir pornografia de forma incontrolável, mesmo quando se tenta parar. Apesar de todas as mudanças que ocorreram no mundo, o cérebro humano ainda opera da mesma forma, não evoluindo para combater esse tipo de pornografia insaciável.

A pornografia na internet permite que as pessoas acessem uma variedade de conteúdo sexual, incluindo homens e mulheres, de forma rápida e fácil, em um único vídeo. Esse apelo é ampliado pela exploração de programas primitivos do cérebro relacionados à busca por novidades, semelhante ao chamado “efeito Coolidge” observado em animais. Esse sistema primitivo visa diversidade genética e é uma parte crucial do sistema límbico, que regula emoções, desejos e impulsos, incluindo a fome, a escolha de parceiros e o desejo sexual.

O córtex cerebral, que é mais desenvolvido em seres humanos do que em outros animais, é a parte racional do cérebro. É responsável por avaliar as consequências das ações, algo que o sistema límbico não consegue fazer. O sistema límbico, por sua vez, trabalha para evitar a dor e buscar o prazer, garantindo a sobrevivência.

A pornografia online age como um estímulo constante para o sistema límbico, acionando a necessidade de novidades e emoções fortes. O desejo sexual e a libido não residem nos órgãos genitais, mas sim nessa parte primitiva do cérebro, onde ocorre o efeito Coolidge, que também é o local onde se desenvolvem todos os vícios.

Além disso, há uma pequena área no cérebro chamada circuito de recompensa ou recompensa, que se origina no sistema límbico e se estende para a parte racional do cérebro. Esse circuito é responsável por experiências de paixão, desejo, prazer e decisões sobre gostos e desgostos. Ele desempenha um papel fundamental em nosso comportamento, motivando-nos a buscar prazer e recompensas.

A dopamina é o neurotransmissor-chave que atua no circuito de recompensa, desempenhando um papel fundamental na sensação de prazer. O orgasmo é um dos maiores desencadeadores de picos de dopamina, e quanto maior o pico, maior é o desejo de repetir a experiência. O cérebro procura constantemente maneiras de alcançar esses picos de dopamina, levando à busca contínua por estímulos.

É importante destacar que a dopamina desempenha um papel crucial no desenvolvimento do efeito Coolidge e na libido. A busca por novos estímulos, presentes na pornografia online, visa a obtenção de picos de dopamina com conteúdo novo e excitante.

A dopamina é frequentemente chamada de “molécula do vício” porque está envolvida na alteração do cérebro que leva ao vício, causando mudanças nos níveis de dopamina. Todas as substâncias viciantes sobrecarregam a dopamina, resultando no desejo por mais, independentemente de gostar ou saber que não deve ser feito.

O equilíbrio adequado de dopamina é essencial para o funcionamento normal do cérebro e para manter a motivação, a positividade e a felicidade. Desequilíbrios de dopamina estão associados a distúrbios psicológicos, incluindo vícios.

Existem sinais claros de vício em pornografia na internet, como o aumento do consumo ao longo do tempo, relatos de sintomas de abstinência ao tentar parar, dificuldade em controlar o consumo e a priorização da pornografia sobre outros aspectos da vida. Procrastinação, o desejo de parar e o gasto de tempo e energia para obter e esconder pornografia são outros indicadores de vício.

A pornografia online representa um vício comportamental, semelhante ao vício em comida, jogos, sexo, videogames e compras, que resulta em mudanças no cérebro e comportamento. No entanto, em comparação com outras atividades, o sexo, a masturbação e o orgasmo aumentam a dopamina a níveis excepcionalmente elevados, tornando-os particularmente viciantes.

Em resumo, a pornografia online tem um impacto profundo no cérebro e no comportamento, impulsionado pelos efeitos da dopamina e pela busca contínua por novos estímulos. Compreender os mecanismos por trás desse vício é crucial para lidar com seus efeitos negativos na saúde mental e emocional. É importante reconhecer os sinais de vício e procurar ajuda quando necessário para recuperar o controle sobre o consumo de pornografia na internet.

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